Da página INCRA

Os produtos agroecológicos da reforma agrária fazem sucesso entre estudantes, funcionários e professores do campus
universitário de Ondina, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), além
do público das proximidades. A Feira Agroecológica da Reforma Agrária da
UFBA comercializa hortaliças frescas (como rúcula, mostarda, couve e
coentro), raízes, como aipim, além de frutas, entre outros produtos
orgânicos.
A
feirinha ocorre quinzenalmente há um ano. Trata-se da produção de 20
famílias de quatro assentamentos, próximos a Salvador, que fazem parte
do projeto de extensão da universidade, ligado ao Núcleo de Estudos e
Práticas em Políticas Agrárias (Neppa), que presta assessoria ao
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Em
2014, foram realizadas 13 edições da feira. O assessor técnico, Felipe
Campos, ressalta que já houve picos de cada família comercializar até R$
500. De acordo com os acompanhamentos do Neppa, só no ano passado, 67
itens diferentes foram vendidos na feira.
Início
Tudo
começou em 2006 com o projeto de extensão das hortas agroecológicas. Os
assentamentos contemplados foram Santa Maria, Nova Panema e Recanto da
Paz, que estão localizados no município de Mata de São João, além do
Paulo Jackson, que está no município de São Sebastião do Passé.
Segundo
o mestrando em geografia, Diego Silva, que integra o projeto, as hortas
objetivam o processo de formação e capacitação das famílias na produção
agroecológica. De cada área de reforma agrária, cinco famílias
trabalham numa horta agroecológica coletiva.
Contudo,
com o crescimento da produção, desde abril do ano passado, foi iniciada
a feirinha em Salvador devido à necessidade de escoamento da produção.
“A feirinha comercializa produtos das hortas e da produção individual
dos assentados que fazem parte desse projeto de extensão”, esclarece
Diego Silva.
Galinheiros
Silva
acrescenta ainda que houve a necessidade de adubação, o que conduziu a
implantação de galinheiros e minhocários para as hortas. “Os galinheiros
servem de fonte de adubação por meio dos dejetos e as aves consomem
restos da produção”, conta ao explicar o ciclo orgânico do projeto. O
geógrafo destaca também que as minhocas são fonte de proteína para as
aves e produz humos para a horta.
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