07 junho 2015

Feirinha agroecológica da reforma agrária faz sucesso em campus universitário da Bahia

Publicado dia 29/05/2015
Da página INCRA 

 

Os produtos agroecológicos da reforma agrária fazem sucesso entre estudantes, funcionários e professores do campus universitário de Ondina, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), além do público das proximidades. A Feira Agroecológica da Reforma Agrária da UFBA comercializa hortaliças frescas (como rúcula, mostarda, couve e coentro), raízes, como aipim, além de frutas, entre outros produtos orgânicos.

A feirinha ocorre quinzenalmente há um ano. Trata-se da produção de 20 famílias de quatro assentamentos, próximos a Salvador, que fazem parte do projeto de extensão da universidade, ligado ao Núcleo de Estudos e Práticas em Políticas Agrárias (Neppa), que presta assessoria ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Em 2014, foram realizadas 13 edições da feira. O assessor técnico, Felipe Campos, ressalta que já houve picos de cada família comercializar até R$ 500.  De acordo com os acompanhamentos do Neppa, só no ano passado, 67 itens diferentes foram vendidos na feira. 

Início

Tudo começou em 2006 com o projeto de extensão das hortas agroecológicas. Os assentamentos contemplados foram Santa Maria, Nova Panema e Recanto da Paz, que estão localizados no município de Mata de São João, além do Paulo Jackson, que está no município de São Sebastião do Passé.

Segundo o mestrando em geografia, Diego Silva, que integra o projeto, as hortas objetivam o processo de formação e capacitação das famílias na produção agroecológica. De cada área de reforma agrária, cinco famílias trabalham numa horta agroecológica coletiva.

Contudo, com o crescimento da produção, desde abril do ano passado, foi iniciada a feirinha em Salvador devido à necessidade de escoamento da produção. “A feirinha comercializa produtos das hortas e da produção individual dos assentados que fazem parte desse projeto de extensão”, esclarece Diego Silva.

Galinheiros

Silva acrescenta ainda que houve a necessidade de adubação, o que conduziu a implantação de galinheiros e minhocários para as hortas. “Os galinheiros servem de fonte de adubação por meio dos dejetos e as aves consomem restos da produção”, conta ao explicar o ciclo orgânico do projeto. O geógrafo destaca também que as minhocas são fonte de proteína para as aves e produz humos para a horta.

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