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O Assentamento Luis Nunes, localizado em Casa Nova, norte baiano, foi palco do 2º Curso de Formação Política da Brigada Pau de Colher.
Reunindo 30 trabalhadores Sem Terra de diversos Assentamentos e Acampamentos da região, o curso propõe debater amplamente os princípios organizativos do MST, a luta pela terra no Brasil, as relações de gênero e a participação da juventude rural nas lutas populares.
As atividades tiveram inicio nesta ultima segunda-feira (08/6) e pretendem se estender até sábado (13/6).
Mediando os espaços de estudo, os trabalhadores contam com o apoio do Núcleo de Estudos e Práticas em Políticas Agrárias (NEPPA), o estudante de artes Saulo Oliveira da Universidade Federal da Bahia (UFBA), dos Setores Estaduais do MST e de toda militância que algum tempo já vem desenvolvendo atividades de formação com os Sem Terra.
Para Paulo Cesar da direção estadual do MST, “estudar é um dos nossos princípios organizativos e precisa ser fortalecido e praticado cotidianamente pela nossa militância. Este curso é uma ferramenta de luta e nós trabalhadores precisamos compreender nossa realidade para se contrapor ao modelo capitalista”.
A simbologia da luta está sempre presente nas atividades através das místicas, canções, gritos de ordem, ciranda infantil, culturais e grupos de trabalho.
As tarefas coletivas, como metodologia base do curso, incentiva a prática militante e garante a troca do saber. Assim como as dinâmicas, que fomentam a participação e a unidade entre as pessoas.
De acordo com Mariana Uchôa do Coletivo NEPPA, “nossos espaços de formação e nossas lutas cumprem o papel de compartilhar vidas. Desta forma, está na hora de dizer não. Não ao latifúndio. Não as cercas. Não ao agrotóxico. Não aos transgênicos”.
O curso está sendo mais um espaço para compreender as desigualdades sociais no território brasileiro e construir uma identidade social militante, capaz de analisar criticamente a realidade e propor mudanças significativas para toda sociedade.
Avaliando as atividades do curso, Saulo Oliveira afirma que o espaço esta sendo fundamental na construção da identidade enquanto classe.
“A formação trouxe a tona todas as inquietações e problemáticas sociais discutidas hoje e apontou propostas para alcançar novos horizontes. Estes ciclos educacionais precisam ser constantes, é como uma fogueira que se não tiver brasa ela se apaga logo”, enfatiza Saulo.
Já Alexandra dos Santos, do setor de formação do MST, acredita o curso é o primeiro passo para formar novos quadros dentro do nosso movimento e avançar na luta pela Reforma Agrária.
Terminando as atividades de formação, os participantes possuem a tarefa de construir novos espaços de estudo em seus Assentamentos e Acampamentos, fazendo com que o conhecimento adquirido tome maiores dimensões.
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